sábado, 2 de maio de 2015

Menina de areia


Espraiam-se na alva areia
A volta das ondas ao mar.
Assim sem a força de outrora
Encharcam a maré de saudade...
Diluem-se uma a uma.
Assim fluidas assim mornas...
Terce à secura nostálgica
Da menina de areia defronte a cantar.

5 comentários:

  1. Bem, vou começar pelo texto de abertura do seu blog: “Este espaço foi o caminho que encontrei a fim de divulgação dos meus textos”. Depois de “a fim de” precisa vir um verbo, a não ser que você esteja “a fim de alguém”. Ajeita lá pra não pegar mal logo na abertura do blog. Há outros desvios da norma culta os quais merecem atenção, a meu ver, tendo em vista o nome do seu blog (professorhelderfelix). Assumindo-se professor, portanto, a norma culta vai junto, (in)felizmente.

    Acho que “Menina cortesã” dá uma música de punk rock doideira!!!

    No geral, seus textos me lembraram levemente o estilo pessoano (também seguido por Arnaldo Antunes) de dizer o óbvio não antes dito. Isso, na poesia. Na prosa, títulos com erudições as quais podem assustar o leitor juvenil (seus alunos) que acessa o blog.

    No mais, o que tenho a dizer, meu caro, amigo é que eu sou fã mesmo do papel. Um fanzine poderia ser uma ótima saída pra eu conseguir ler melhor os textos dos amigos poetas; o blog é uma ubiquidade inevitável e, por isso, útil. Não me comprometo em sempre acessá-lo, mas me comprometo em sempre que entrar ler com a lupa dos grandes críticos.

    Rsrsrs.. frescuras à parte, manda bala na poesia, que tua vida é toda ela!

    Bel.

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    1. Benzinha, minha querida, primeiramente obrigado pela leitura. Ótimo saber que alguém leu algo extraído das vísceras. Porém, alguns desvios da chamada "norma culta" não me interessa neste espaço. Preocupação pífia aqui. Inclusive nos textos de cunho literário. Segundo, alcunha de "professor" não me deixa em condição de perder alguns dos meus parcos fios de cabelo por conta de uma tradição burguesa de norma. Texto sentido nas entranhas é o que interessa. Premissa que não inclui o apego quase freudiano com norma culta da língua. Segundo, não sou poeta. Longe... escrevo. Não por lecionar ou ter estudado letras. Simples. Leve. Signos. Libertos. E só. Relutei em 'fazer' este blog a fim de DIVULGAR (melhorou?, ficou poético? ) meus textos. Espaço para fluir... escreve é uma exposição bizarra e perigosa. Gosto disso. Muitas inadequações do signo cânone estarão aqui... coerência literária não foi uma disciplina do curso de letras. Fanzine?. Não tenho fôlego. Nem perícia para esse estimado gênero. Conceitual. Ficarei atento. Enfim, basta de blás blás... Obrigado pela leitura. E pela crítica. Espero que sua lupa mantenha sempre o foco nas coisas importantes. Forte abraço.
      Ps: títulos "eruditos" não afastaram ninguém ainda. Eu penso.

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  2. A Bel com esse comentário desencoraja qualquer outro...
    No mais, gostei do texto. Tem a marca da jovem poesia que busca encontrar uma expressão própria.

    PS: quanto à correção gramatical, ela só deve ser esquecida se tiver intenção dentro do texto, se não, fica inadequado. O verbo "tecer" tá com um 'm' a mais.

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  3. Olá Naldo. A maioria dos textos estão sem a relevante correção. Porém, a sua observação muito pertinente. olharei. obrigado. Quanto ao "DESENCORAJAMENTO"... Não há. Escrever é exposição. A norma culta parece extremamente necessário a fim de TECER os hormônios do prazer. Obrigado, meu camarado.

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