A meu ver, nada de errôneo há em
presentear nossas ilustres mães, autora de nossa existência. Afinal de contas,
não há nada de mal em dar-lhes um presente que possivelmente trará alegria e
contentamento. Porém, no mundo contemporâneo, o que percebemos é uma propagação
a comprar, como se o resultado final de um dia de festejos fosse apenas o
produto com tanto esmero embrulhado. O dia de nossas genitoras tornou-se
símbolo do consumo pelo consumo, enquanto que a singela e pura satisfação é
justamente a demonstração do afeto, do companheirismo e da consideração para
com nossas “senhoras”, e não somente a satisfação imposta por viés
mercadológica.
Diz-nos a lenda que os primórdios desta
celebração datam de maio de 1905 na cidade de Grafton, no estado da Virginia quando
Anna Jarvis perdeu sua mãe, Ann Marie Reeves Jarvis. A jovem, diante da dor
ocasionada pela perda de sua mãe, organizou, com a ajuda de amigas, um evento
para homenagear todas as mães, além de ensinar às crianças a relevância da
figura materna. Assim, celebrou-se um culto em homenagem às mães na igreja
metodista na qual era filiada. O sucesso da atitude de Anna e suas amigas
chamou a atenção da população e dos líderes políticos de então. A repercussão se espalhou pelo “tio Sam”, sendo adotada por outras regiões. Assim, em 1914, Woodrow
Wilson, então presidente dos EUA, propôs o segundo dia de maio como o dia
nacional das mães. Anna Jarvis se tornou, assim, patrona dessa data.
Hoje, porém, vemos bem distante
atitude como a de Anna. Vejo filhos que não respeitam sua mãe, rebentos que não
fazem uma visitinha, “crias” que nem ao menos fazem uma ligação a fim de saber
como estão suas protetoras desde tenra infância. Enquanto isso, esses mesmos
filhos postam, em épocas de festejo às mães, declarações amáveis para posarem
de bons filhotes na internet via
redes sociais. A artificialidade desses ditos “filhos” só não engana a eles
mesmos. Assim, a lembrança de sua mãe só vem quando há alguma celebração
relacionada diretamente a elas, tais como: aniversários ou dia das mães.
Ao pegar da ‘pena’ a fim de escrever
esta crônica, lembrei-me em flash de
momentos cruciais dos quais a participação de minha mãe foi de extrema
relevância para meu estimado andar neste mundo. Mundo, muitas das vezes, cruel e
injusto. Das muitas decisões que tive que tomar a estimada contribuição de
diálogos que tive minha genitora, foi de preciosa valia para que eu pudesse
direcionar minhas ações.
Domingo último foi mais um dia
desses. Reunião leve e amigável na qual desfrutamos de uma excelente
macarronada, um ótimo arroz à grega, uma feijoada com salpicão, alguns petiscos
e, por fim, um delicioso mousse de
chocolate. Amigos, família, namorada e, óbvio, a homenageada, todas estiveram
presentes nesta reunião “domingal”. O mais importante em datas assim é
justamente a comunhão e a paz que circula nas faces das pessoas. Sendo assim, desejo
que os filhos deem a devida importância que suas mães merecem. Não somente nas
festividades, mas durante todo o ano. Visitem-nas mais vezes, telefonem para
conversar ou ao menos dizer um “olá”. Ou, ao menos, teclem com elas através dos
whatsapp ou facebooks da vida. Não esperam que elas não estejam mais aqui para
que possamos, mesmo que minimamente, demonstrarmos nosso amor para com
elas. E por fim, não perpetuem a ideia
de apenas aquecer o consumismo, tornando, assim, o presente em ponto final da
festa.
Amei saber da história deste dia tão especial. E concordo que nos tempos atuais, as pessoas estão se importando mais com o que vai comprar pra mãe, do que em preocupar - se se ela esta bem de coração, de lhe dar carinho, e de lhe dizer o quanto a ama e nenhum presente por mais caro que seja vai "pagar" por tudo o que ela ja fez e o que já deixou de fazer por nós! ;)
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