quinta-feira, 30 de abril de 2015

As Portas

As portas estão...
Assim nuas, assim vestidas. Não sentem vergonha por tais aspectos.
As portas simplesmente estão.
Calmas agora?
Elas ora estão abertas ora estão fechadas...
Algumas, insistentemente, fecham-se e abrem-se em um vai e vem indecifrável e confuso, rompendo a calmaria de outrora.
As portas apresentam-se nas mais múltiplas e carismáticas cores... azul, amarelo, vermelho e verde.
Onze! Oh Deus! Onze.
As onze trancam-se com cadeados cinza.  As chaves?
- Não as vejo.
Quatro delas apresentam-se entreabertas. São sedutoras. Querem ser exploradas?! Medo?
As portas não estão: nem tristes nem alegres. Apresentam um quê de dúvida e enfrentamento.
São iguais e diferentes.
As portas fitam-me. Querem a morte. Mas de quem? MEDO.
Apavorado, encarou-as expressando coragem e ousadia.  Mentira? Dissimulação.
Estou de paletó, terno e gravata. Já estou morto? MEDO MEDO MEDO.
Voltemos à poesia.

Um comentário:

  1. Que esta ultima porta demore a se abrir, fechar pior ainda.
    Tenho claustrofobia.

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