As portas estão...
Assim nuas, assim vestidas. Não sentem
vergonha por tais aspectos.
As portas simplesmente estão.
Calmas agora?
Elas ora estão abertas ora estão fechadas...
Algumas, insistentemente, fecham-se e abrem-se
em um vai e vem indecifrável e confuso, rompendo a calmaria de outrora.
As portas apresentam-se nas mais múltiplas e
carismáticas cores... azul, amarelo, vermelho e verde.
Onze! Oh Deus! Onze.
As onze trancam-se com cadeados cinza. As chaves?
- Não as vejo.
Quatro delas apresentam-se entreabertas. São
sedutoras. Querem ser exploradas?! Medo?
As portas não estão: nem tristes nem alegres.
Apresentam um quê de dúvida e enfrentamento.
São iguais e diferentes.
As portas fitam-me. Querem a morte. Mas de
quem? MEDO.
Apavorado, encarou-as expressando coragem e
ousadia. Mentira? Dissimulação.
Estou de paletó, terno e gravata. Já estou
morto? MEDO MEDO MEDO.
Voltemos à poesia.
Que esta ultima porta demore a se abrir, fechar pior ainda.
ResponderExcluirTenho claustrofobia.